Palmeiras

Roberto Carlos foi contratado pelo Palmeiras junto ao União São João, de Araras, em 1993 com a parceria do time alviverde com a patrocinadora da época, Parmalat. O clube estava desde 1976 sem conquistar um título, jejum que incomodava e muito os torcedores e diretoria, que viram na parceria com a multinacional italiana, a oportunidade de montar um grande elenco. E dentre várias estrelas como Edmundo, Edílson e Zinho estava o jovem lateral, que já era famoso pelas subidas ao ataque e uma potente perna esquerda.
Nesse mesmo ano, o Palmeiras chegou à final do Campeonato Paulista, justo contra seu maior rival, Corinthians. A equipe alviverde, comandada pelo treinador em ascensão Vanderlei Luxemburgo, era muito mais qualificada tecnicamente, porém o fato do jejum e jogar contra o maior rival pesavam contra na decisão. Tanto que na primeira partida da final, o time do Parque São Jorge venceu por 1x0 com gol de Viola. Com direito a comemoração imitando um porco do jogador e a torcida corinthiana provocando “Chora porco imundo, quem tem Viola não precisa de Edmundo”.
Já no jogo da volta o Palmeiras não deu chance ao rival, goleando por 4x0 com dois gols de Evair, que acabou sendo o símbolo da conquista e da quebra do jejum. Esse foi o primeiro título de Roberto Carlos que, um mês depois sentiria o gosto de vencer um campeonato mais uma vez, dessa vez o Torneio Rio-São Paulo, novamente em cima do Corinthians, o que só tornava a conquista mais especial para os torcedores.
Com esses dois títulos, o Verdão se tornou o favorito para a conquista do Campeonato Brasileiro, o que se tornou realidade no final do ano, vencendo as duas partidas contra o Vitória. Neste campeonato brasileiro, com apenas 20 anos, Roberto Carlos venceu sua primeira Bola de Prata, sendo o melhor lateral esquerdo do ano.
Com a quebra do jejum e três títulos no ano, sendo dois em cima do maior rival, os jogadores desse time, que ficariam conhecidos como “Era Parmalat”, caminhavam a passos largos para se tornarem ídolos.
No ano seguinte, o clube mantém a patrocinadora e também seus principais jogadores, o que leva à conquista do bicampeonato paulista e do bicampeonato brasileiro, em cima do Corinthians novamente com uma vitória e um empate nas duas partidas finais. Roberto Carlos novamente conquistou a Bola de Prata como melhor lateral esquerdo do Brasil, despertando de vez o interesse dos clubes europeus em seu futebol.
Em 1995 o inevitável acontece. O clube tem vários de seus jogadores negociados, mas ainda continua com um time forte com boas apostas e chega novamente à final do Campeonato Paulista, novamente contra o Corinthians. Roberto Carlos faria seu último jogo pelo Palmeiras naquela final, já que estava negociado com a Inter de Milão, e queria um último título para encerrar sua passagem pelo Palmeiras com chave de ouro.
Na primeira partida da final, os times empataram em 1x1 com o gol do Verdão saindo apenas nos acréscimos. Roberto Carlos ainda teve a chance de fazer um gol na final mas acabou desperdiçando um pênalti. No jogo de volta a partida terminou empatada em 1x1 e se encaminhou para a prorrogação, porém o lateral foi substituído do jogo por apresentar fraca atuação. O Corinthians vence na prorrogação e Roberto Carlos acaba se despedindo de forma amarga com o vice campeonato.
Apesar disso e da posterior passagem pelo Corinthians, Roberto Carlos é considerado ídolo pela torcida alviverde, mas pelas atuações do que de fato a identificação com a torcida.

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