Em entrevista à FIFA, Roberto Carlos revela jogador mais difícil que já marcou
O ex-jogador Roberto Carlos ficou mundialmente conhecido por todos os seus atributos quando atacava. Seja por suas bombas de fora da área, assistências e faltas, é fácil de esquecer que a posição dele era primordialmente de defensor. Roberto Carlos foi um dos maiores laterais da história do futebol, com um currículo invejável desde títulos por clubes e seleções, até premiações individuais como ser o maior artilheiro entre os defensores da história da Champions League.
Porém, apesar de ter ficado tão conhecido por suas ações de ataque, Roberto Carlos era um grande marcador, tendo ficado marcado em certa época como um jogador muito violento. Mesmo sendo um jogador de baixa estatura, nunca teve dificuldades para marcar jogadores maiores, porque sempre foi muito forte e disputava bastante no ombro a ombro. Com o passar dos anos começou também a abusar dos carrinhos. Chegou a ser expulso no clássico entre Real Madrid e Barcelona, Corinthians e Palmeiras, Corinthians e Santos.
Numa entrevista ao Instagram da FIFA, Roberto Carlos passou pela pergunta mais comum feita aos defensores: “Qual é o jogador que você considerou mais difícil de marcar?”. O ex-lateral enfrentou por diversas vezes jogadores que foram eleitos melhores do mundo, como Ronaldinho, Ronaldo, Zidane, Rivaldo, Figo, entre outros. O curioso é que além de ter enfrentado todos esses jogadores, que revezaram o prêmio entre si durante 8 anos, Roberto também atuou junto com cada um deles, seja pela Seleção Brasileira ou pelo Real Madrid.
Portanto, pode-se dizer que foi o defensor que mais conhecia esses craques do final da década de 90 e começo de 2000. E respondeu assim:”Defrontei jogadores muito complicados como o Eto’o, Finidi, Joaquín… mas o mais difícil de todos foi o Luís Figo, e ainda bem que veio jogar comigo depois. Era muito bom, um grandíssimo jogador", revelou.
Figo começou sua carreira profissional pelo Sporting de Lisboa em 1989, permanecendo lá até ser contratado pelo Barcelona em 1995, coincidentemente o mesmo ano em que o Real Madrid contratou Roberto Carlos. Os dois se enfrentaram de 1995 a 2000 pelo “El Clásico” totalizando 12 partidas, com vantagem para o português, que venceu cinco vezes, empatou três e perdeu 4 para Roberto.
A temporada 1999/2000 termina com o Real Madrid de Roberto Carlos conquistando a segunda Champions League das últimas 3 disputadas e com a eleição de Florentino Pérez, que tinha a promessa de equilibrar as finanças do clube, além do ambicioso projeto dos “Galácticos”, que consistia em uma contratação de peso por temporada. Logo em 2000 o Real Madrid tira o maior ídolo do Barcelona na época, Luís Figo. Apimentando mais a rivalidade entre os clubes.
Essa foi uma das mais controversas transferências da história do futebol, por se dar entre arquirrivais e se tratar de um ídolo. Figo foi sempre muito mal recebido no Camp Nou enquanto defendia as cores do Real e anos depois explicou a sua saída do time catalão: “Foi uma decisão importante e difícil, porque saí de uma cidade que me dava muito e onde eu estava bem. Porém, quando você não sente que é reconhecido pelo que está fazendo, se tem uma proposta de outro clube, você pensa nela”, contou o português em uma live com o ex-jogador Cannavaro.
Figo e Roberto Carlos atuaram juntos até 2005 tendo conquistado uma Champions em 2002 em cima do Bayer Leverkusen.